quinta-feira, junho 30, 2011
segunda-feira, junho 27, 2011
Festa do Chapeleiro no Museu
Cerca de 70 chapeleiros sanjoanenses juntaram-se no sábado, dia 25 de Junho, para o 7º Encontro de Chapeleiros, no Museu da Chapelaria.
Esta iniciativa, que começou em 2005, ano da abertura do Museu, pretende reunir, todos os anos, os actuais e os ex-chapeleiros de S. João da Madeira, para um convívio intergeracional que aprofunde as relações afectivas e sociais entre a comunidade e o museu.
O programa deste ano foi essencialmente dedicado ao romance de João da Silva Correia intitulado “Unhas Negras”, tendo sido organizada uma leitura encenada de diversas partes desta grande obra de homenagem aos chapeleiros sanjoanenses. No fim desta actuação, os participantes tiveram ainda oportunidade para visitar a exposição temporária dos chapéus do Museu Nacional do Traje actualmente em exibição na sala dos Usos Sociais.
O dia terminou com um belíssimo lanche de convívio no Serviço Educativo, tendo ficado pautado, uma vez mais, pela alegria e generosa disponibilidade dos participantes.
quarta-feira, junho 22, 2011
Projecto HEFORE - Caminhada
Depois da visita ao Serralves em Festa, no Porto, o grupo de participantes foi desafiado a descobrir e conhecer o património da sua cidade, pelo que, no passado dia 18 de Junho, percorreram as ruas da cidade e desvendaram as histórias escondidas na calçada sanjoanina.
O percurso, que teve início no Museu da Chapelaria, incluiu visitas a diversos exemplares de arquitectura de Brasileiros e ao património industrial edificado, através do qual muitas histórias foram sendo contadas sobre o espírito empreendedor dos Sanjoanenses e sobre a evolução da nossa cidade.
O objectivo deste tipo de acções é promover um sentimento de pertença e identificação com a cidade que habitamos e com as suas histórias e vivências, estimulando as necessárias afectividades para com o nosso património e as nossas memórias identitárias.
Os participantes tiveram ainda oportunidade de registar fotograficamente todo o percurso, guardando para sempre as imagens desse dia.
Esta iniciativa só foi possível graças à colaboração do Carlos Santos Fotografia que gentilmente cedeu o material fotográfico necessário e a quem o Museu da Chapelaria muito agradece.
quinta-feira, junho 16, 2011
Programa CULTURando por aí...
Criatividade e Inovação
As férias de Verão devem ser pretexto para desenvolvermos capacidades e competências que a aprendizagem formal em sala de aula não permite.
Preparar as crianças e jovens para os desafios que esta sociedade do conhecimento e a economia da cultura lhes vai exigir é, então uma premissa.
Atenta a esta realidade, a Divisão da Cultura da Câmara Municipal, por intermédio das suas instituições culturais, criou um novo programa de aprendizagem intitulado “Culturando por aí” e que pretende colocar os jovens perante um conjunto interessante de desafios que os levará a
- Pensar naquilo que não é visível (absence thinking)
- Ser criativo para além da realidade óbvia (art streaming)
- Explorar a capacidade de comunicar e expressar criativamente o seu pensamento através do corpo, das palavras, dos rabiscos
- Explorar ideias, criar conceitos
- Identificar problemas como soluções
Preparar as nossas crianças e jovens para esse futuro que é já hoje, é uma obrigação.
Este Verão encontre na Cultura uma resposta de aprendizagem e inscreva o seu educando neste programa de criatividade e inovação.
sábado, junho 11, 2011
Chapéus do Museu do Traje
Todos os chapéus em exposição pertencem à colecção do Museu Nacional do Traje e encontram-se, actualmente, em depósito, no Museu da Chapelaria.
A década 50, do ponto de vista da moda, tem duas dinâmicas principais, por um lado, o glamour e o esplendor que se recupera após o conturbado período dos anos 40 e, por outro, a afirmação de uma juventude rebelde.
Estamos na época da ascensão do Rock & Roll de Elvis Presley e dos ídolos cinematográficos Marlon Brandon e James Dean. O espírito rebelde é simbolizado através das calças de ganga e casacos de cabedal.
Os Beatnicks dão início ao culto da liberdade ao ritmo do Jazz, do amor livre e do uso das drogas como experiência libertadora da consciência, experiências transpostas para várias correntes artísticas. É este movimento cultural que antecede os Hippies da década seguinte.
O New Look lançado por Christian Dior afirma-se na década de 50. Os vestidos acentuam a cintura fina das mulheres e os sapatos usam-se de salto alto. Os acessórios de luxo como os chapéus, as carteiras e luvas impõem-se no dia-a-dia.
As empresas de cosmética começam a descobrir a publicidade como fonte de transmissão de imagens de beleza. A maquilhagem atinge a sua idade de ouro e marcas como a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder colocam no mercado todo o tipo de sombras, rímel, lápis e delineadores.
O expoente da beleza feminina é representado por actrizes como Grace Kelly, Audrey Hepburn, Rita Hayworth, mas também, Marylin Monroe e Brigitte Bardot, que aliam, como poucas, a ingenuidade e a sensualidade de uma forma que arrebata os corações dos homens e servem de exemplo às mulheres.
A alta-costura parisiense vive o seu período áureo. A Maison Chanel, que esteve fechada durante o período de guerra, volta a abrir portas em 1954. Apesar de já ter 70 anos, Coco Chanel cria algumas peças que marcam o mundo da moda a nível mundial. Outros nomes como Givenchy, Nina Ricci, Dior ou Balenciaga fazem dos anos 50 uma época de sofisticação e classe.
Em 1954, Roger Vivier inventa o salto agulha e é um dos desenhadores de sapatos que mais colabora com Dior e vários outros estilistas da época.
Mas, em contrapartida, à medida que a alta-costura chega ao máximo requinte, nos Estados Unidos, o Ready to Wear (pronto-a-vestir), a par das novas soluções tecnológicas e produção de massa, dá às pessoas o acesso
Mas esta época de glamour estava a chegar ao fim. A guerra-fria, a conquista do espaço, os avanços científicos e as mudanças culturais moldavam o mundo para diferentes caminhos que só se vieram a acentuar na década seguinte.
sexta-feira, junho 10, 2011
Escolas “adoptam” o Museu
No total, 20 alunos inscritos neste concurso realizaram trabalhos originais no domínio das artes visuais, vídeo, multimédia e fotografia.
A representar a Escola EB 2,3 e Secundária Oliveira Júnior, sob a coordenação do Professor Filipe Almeida e da Professora Paula Azevedo e no âmbito da disciplina de Design, Comunicação e Audiovisuais, 4 grupos da turma J do 11º ano adoptaram o Museu.
Tiago Ferreira, Patrick Silva, Marco Oliveira e Marlene Santos realizaram, em formato de vídeo, uma pequena abordagem sobre a história da indústria da chapelaria (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=acawJbDeF7g&feature=related)
Luís Portal, Marcelo Oliveira, Lucas Magueta e Xavier Fonseca, através da fotografia, deram destaque à maquinaria da indústria da chapelaria.
Fabiana Correia, Pedro Horta, Diogo Cardoso e Diogo Paiva, apresentaram, sob os formatos de fotografia e multimédia, uma nova perspectiva sobre a colecção “Chapéus de Todo o Mundo”.
José Inácio, João Pereira, André Brito e Fábio Resende, desenvolveram um vídeo sobre a maquinaria da indústria da chapelaria (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=0rEkfBjbBBk)
Pela Escola Secundária Dr. Serafim Leite, sob a orientação do Professor Hugo Duarte, Andreia Cadete, Andreia Santos, Bebiana Silva e Catarina Saavedra trabalharam as artes visuais, através da sua representação do monumento Unhas Negras, sob a forma de relevo tridimensional.
Consulte a lista dos premiados em http://www.ipmuseus.pt/pt-PT/iniciativas/actividades_imc/actividades_imc_arq/ContentDetail.aspx?id=1785
Doações ao Museu
Ao longo deste primeiro semestre de 2011, o Museu da Chapelaria recebeu várias doações de chapéus.
Lislotte e Patrick Thompson entenderam que o Museu da Chapelaria, seria o local ideal para guardar e mostrar os excepcionais chapéus que a madame Maria Helena Knott, secretária do senhor Calouste Gulbenkian, adquiriu ao longo das suas 80 e muitas primaveras, e que usou em diversos momentos sociais.
A senhora dona Maria Margarida Negrais de Matos teve a bondade de doar um belíssimo chapéu de coco, pertencente ao seu pai.
Recebemos, também, uma preciosa doação da senhora dona Maria Palmira Fino, da qual constam vinte e quatro chapéus de senhora singulares, em feltro e palha sintética, uma boina em lã merino, um lindíssimo aplique em forma de pétalas de flor, com fita preta e, ainda, um chapéu de homem, modelo clássico, em palha sintética.
O senhor Fernando da Silva Gomes presenteou-nos com oito chapéus distintos, bem como com material publicitário da EICHAP e da Sanjo, datado da época exercia a sua actividade de agente de vendas na empresa.
A senhora dona Maria Paula Calisto generosamente doou uma linda caixa de chapéus da “Ofélia Chapéus”, um extraordinário chapéu de senhora, em palha, com pormenores em veludo preto e, um invulgar chapéu de senhora, em tecido a formar pétalas de flor.
O Museu da Chapelaria sente-se cada vez mais responsável pelo trabalho que tem vindo a desenvolver com estas peças tão preciosas. São estas doações que ajudam a conservar e complementar a história de uma indústria, de costumes e tradições, que importa compreender.
Aproveitamos para reiterar os nossos agradecimentos a todas as pessoas que até hoje doaram chapéus ao Museu da Chapelaria.
quinta-feira, junho 09, 2011
Projecto Educativo Municipal 2010-2011
Em exposição, até ao próximo dia 14 de Junho, encontram-se, no espaço do Serviço Educativo do Museu, os trabalhos finais realizados no âmbito dos projectos “A minha cidade tem história”, “O chapéu. Acessório indispensável” e “Os Chapéus dos meus Heróis”.
Visando estimular a investigação e o saber, o projecto “A minha cidade tem história” assumiu-se como complementar aos programas académicos dos alunos e visou ser um instrumento de trabalho, em sala de aula, para explorar as temáticas de carácter local, levando os participantes a descobrirem a história da sua cidade através da história da industrialização sanjoanense.
“O chapéu. Acessório indispensável” assentou numa visita orientada onde se fez uma abordagem histórica do acessório de moda mais usado entre os séculos XVII e XX. O objectivo foi perceber o papel do chapéu na sociedade e a sua evolução enquanto símbolo da identificação social.
Partindo das visitas orientadas à exposição “Os Chapéus dos meus Heróis”, pretendeu-se compreender as mais diversas personagens de Banda Desenhada através dos seus chapéus, apresentados sob a forma de belíssimas réplicas.
Outro dos temas explorados nas visitas orientadas ao museu foi “A Ciência vive no Museu”, onde, através dos diferentes utensílios de medição dos processos de tingimento, de feltragem, ou de acabamento do feltro, o Museu explorou, de forma lúdica, diversas técnicas artesanais contrapondo-as com as mais actuais.
Realizaram-se, também, Visitas Orientadas ao Museu no âmbito da “Musealização da Indústria”, que tiveram como objectivo perceber as opções museológicas empregues no restauro dos materiais em exposição no Museu, consciencializando o público escolar para as questões da preservação e conservação do património industrial, bem como para a importância dos procedimentos básicos em conservação e restauro.
Ficam aqui algumas imagens:
terça-feira, junho 07, 2011
Chapéu do Mês - Capacete de Bombeiro
O capacete ou casco, como habitualmente é chamado, tem a função de proteger totalmente a cabeça e a face do bombeiro.
Inicialmente, estes capacetes eram feitos de materiais como o couro, que ao receberem um tratamento específico tornavam-se especialmente resistentes ao fogo e impermeáveis à água, evitando, deste modo, a sua deterioração. Posteriormente, começaram a utilizar-se materiais sintéticos e com mais resistência para fazer face às duras condições de trabalho dos bombeiros.
O seu casco externo é produzido com materiais anti-fogo que não são condutores de electricidade, sendo desenhado de forma ergonómica para que permita a realização dos movimentos naturais do corpo.
A viseira, caso o modelo possua uma, é desenhada de modo a que, quando levantada, fique escondida no interior do casco. É também dotado de quebra-telha, construído sem emendas ou peças adicionais. O seu acabamento externo é brilhante, resistente a raios UV e de fácil limpeza.
A viseira externa é construída em policarbonato com espessura de 3mm e tratamento contra arranhões nas duas superfícies (interna e externa) e anti-fogo na superfície interna. A viseira está desenhada de forma a ajustar-se ao contorno do rosto e tem uma correcção óptica de forma a evitar a distorção das imagens em situações de fumo e humidade.
O casco interno é constituído em espuma de alta densidade (poliuretano) resistente ao impacto e revestido em plástico ABS retardante de chama.
Dispõe ainda de um sistema de suspensão construído para permitir o ajuste à cabeça sem a necessidade de remover o capacete. A carneira é forrada em couro para maior conforto podendo ser removida para limpeza.
A protecção de nuca é térmica e confeccionada em meta-aramida em dupla camada. A meta-aramida é uma linha de costura composta por fibras que têm como principal característica a resistência a altas temperaturas.
A tira de fixação é construída em material anti-fogo do tipo para-aramida com fixação rápida e ajustável permitindo uma fixação segura do capacete.
As fibras para-aramidas têm como principal característica a resistência mecânica, sendo cinco vezes mais fortes do que o aço e tendo uma óptima resistência térmica. Estas fibras não se fundem e só se decompõem com temperaturas superiores a 425°.
Cada capacete passa por uma rigorosa certificação e homologação dos materiais para a sua confecção.