sábado, junho 11, 2011

Chapéus do Museu do Traje

Nesta exposição apresentam-se alguns dos mais belos modelos de chapéus que marcaram toda esta década e que ficaram definitivamente associados à beleza e feminilidade das mulheres nos anos 50.
Todos os chapéus em exposição pertencem à colecção do Museu Nacional do Traje e encontram-se, actualmente, em depósito, no Museu da Chapelaria.




A década 50, do ponto de vista da moda, tem duas dinâmicas principais, por um lado, o glamour e o esplendor que se recupera após o conturbado período dos anos 40 e, por outro, a afirmação de uma juventude rebelde.


Estamos na época da ascensão do Rock & Roll de Elvis Presley e dos ídolos cinematográficos Marlon Brandon e James Dean. O espírito rebelde é simbolizado através das calças de ganga e casacos de cabedal.


Os Beatnicks dão início ao culto da liberdade ao ritmo do Jazz, do amor livre e do uso das drogas como experiência libertadora da consciência, experiências transpostas para várias correntes artísticas. É este movimento cultural que antecede os Hippies da década seguinte.


O New Look lançado por Christian Dior afirma-se na década de 50. Os vestidos acentuam a cintura fina das mulheres e os sapatos usam-se de salto alto. Os acessórios de luxo como os chapéus, as carteiras e luvas impõem-se no dia-a-dia.


As empresas de cosmética começam a descobrir a publicidade como fonte de transmissão de imagens de beleza. A maquilhagem atinge a sua idade de ouro e marcas como a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder colocam no mercado todo o tipo de sombras, rímel, lápis e delineadores.


O expoente da beleza feminina é representado por actrizes como Grace Kelly, Audrey Hepburn, Rita Hayworth, mas também, Marylin Monroe e Brigitte Bardot, que aliam, como poucas, a ingenuidade e a sensualidade de uma forma que arrebata os corações dos homens e servem de exemplo às mulheres.


A alta-costura parisiense vive o seu período áureo. A Maison Chanel, que esteve fechada durante o período de guerra, volta a abrir portas em 1954. Apesar de já ter 70 anos, Coco Chanel cria algumas peças que marcam o mundo da moda a nível mundial. Outros nomes como Givenchy, Nina Ricci, Dior ou Balenciaga fazem dos anos 50 uma época de sofisticação e classe.


Em 1954, Roger Vivier inventa o salto agulha e é um dos desenhadores de sapatos que mais colabora com Dior e vários outros estilistas da época.


Mas, em contrapartida, à medida que a alta-costura chega ao máximo requinte, nos Estados Unidos, o Ready to Wear (pronto-a-vestir), a par das novas soluções tecnológicas e produção de massa, dá às pessoas o acesso a novas colecções.


Mas esta época de glamour estava a chegar ao fim. A guerra-fria, a conquista do espaço, os avanços científicos e as mudanças culturais moldavam o mundo para diferentes caminhos que só se vieram a acentuar na década seguinte.


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