"O Museu da Chapelaria, em São João da Madeira, preserva a identidade da cidade que foi a maior produtora de chapéus no Portugal do início do século XX.
A história do Museu da Chapelaria tem de começar a ser contada pelo edifício onde está instalado. Construído em 1914, albergava a "Fábrica Nova" da Empresa Industrial de Chapelaria do industrial António José de Oliveira Júnior. Sendo uma unidade de grandes dimensões, assume uma grande importância na economia nacional. A tal ponto que o governo da época premeia o seu proprietário com o diploma de Mérito Industrial e Agrícola.
Mas as memórias da "Fábrica Nova" não contam apenas sucesso. Apesar de ter sido um modelo para muitas outras fábricas da indústria chapeleira, a sua aceitação não foi pacífica. Ao introduzir maquinaria moderna na produção, a nova fábrica abandona os modos tradicionais de fabrico de chapéus. A mudança traz descontentamento aos trabalhadores da antiga fábrica que veem nessa "revolução industrial" uma ameaça ao seu emprego. Geram-se rebeliões, agitadas pelos movimentos operários da chapelaria. E só param quando os gerentes da fábrica se comprometem a manter todos os postos de trabalho.
Entre as inovações na produção de chapéus, estão dois produtos que fazem a história na Empresa Industrial de Chapelaria e do seu fundador. António José de Oliveira Júnior foi pioneiro na introdução do fabrico do chapéu de pelo, em 1891. E foi ainda o criador do chapéu de lã fina. Uma moda que viria a por em desuso o chapéu de lã grosseiro, até então produzido. Sendo a única empresa do país a possuir as máquinas e a técnica de fabrico desta "novidade" a empresa consegue ainda manter o monopólio das vendas por muitos anos. E prosperar até à década de 60. Mais anos virão, mas já de declínio. Até que em 1995 a fábrica encerra. "
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