quinta-feira, setembro 13, 2007

chapéus há muitos! A cloche


O século XX revelou-se um período de fortes mudanças políticas, sociais e culturais, cujos reflexos se estenderam também à moda e ao conceito de beleza feminina.


Nos anos 20, a mulher, no seu espírito de emancipação, deixa de usar o chapéu como objecto obrigatório para o usar como acessório de embelezamento, de sedução e, acima de tudo, como sinal da sua autonomia.
Vestidos curtos e leves, sem mangas, de costas desnudadas e de cinta descida realçando as pernas e linhas do corpo, acompanhados por um novo penteado, mais curto, chamado a la garçonne, marcam a imagem desta nova mulher que passa também a usar um chapéu muito especial, a cloche.
Esta nova forma de vestir marca definitivamente os Loucos Anos 20, que se viriam a caracterizar por um ambiente de grande riqueza, euforia e sexualidade, animado, nos salões, pelo som das bandas de Jazz e do Charleston e também pelas grandes cantoras e dançarinas como Josephine Baker.


Usada apenas durante o dia, a cloche é um chapéu em forma de sino, usado com cabelos curtíssimos e sobre os olhos.
Quem quer que usasse a cloche, particularmente caída para o seu lado esquerdo, igualando o modo de usar de Louise Brooks, queria dar a entender a todos que era rica, bela e que possuía um excelente bom gosto.
Havia uma variedade imensa de modelos de cloches. A sua forma principal assemelhava-se à de um sino com uma copa larga e podiam ainda ser fabricadas nas mais variadas cores e materiais, como seda, algodão, linho, sisal ou lã e as influências da arte deco, tão em voga naquela década, podiam observar-se na formação de muitos dos seus padrões (linhas rectas, ziguezague).


Este mês poderá ver diversas cloches que fazem parte das colecções do Museu da Chapelaria, na nossa sala multimédia.
Visite-nos até ao fim do mês de Setembro e fique a conhecer este emblemático chapéu que actualmente voltou a estar presente em desfiles de moda de muitos criadores internacionais.

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