O que é que o Vagabundo de Charlie Chaplin e um Lord inglês de final do século XIX têm em comum?
Um fantástico e muito distinto chapéu de coco!
O chapéu de coco surgiu em Inglaterra no século XIX tendo sido desenhado pelos chapeleiros James e George Lock e produzido pelos fabricantes de chapéus Thomas e William Bowler, a pedido de um aristocrata inglês de nome Coke.
Coke pretendia um chapéu duro, que lhe protegesse a cabeça contra os ramos das árvores e outras possíveis agressões, enquanto patrulhava as suas terras a cavalo à procura de caçadores furtivos. Os irmãos Bowler produziram então um chapéu de copa redonda e bastante dura. Conta-se que para testar na qualidade e resistência do chapéu, Coke colocou-o no chão e tentou esmagá-lo. Satisfeito com o resultado, pagou 12 xelins pelo produto.
Por ter uma copa tão dura, o chapéu passou a ser conhecido com a alcunha de iron hat (chapéu de ferro), ainda que o nome oficial desse modelo fosse Coke, por alusão ao cliente que o encomendou.
O mesmo modelo passou mais tarde a ser designado, em Inglaterra, por Bowler hat, substituindo a anterior designação. Este nome poderá relacionar-se com dois factores, um é o apelido de quem o fabricou, o outro resulta do facto de bowl significar ‘tigela’, numa alusão clara ao seu formato.
Em França é conhecido por chapeau melon e na Alemanha por melone, palavras que significam ‘melão’ e que resulta da sua semelhança com o referido fruto.
Nos Estados Unidos acabou por ser designado como derby hat, por ser um tipo de chapéu usado na equitação.
Aliando a formalidade de uma cartola, usada pelo estrato social mais alto, à casualidade de um chapéu de feltro usado pela classe média baixa, o chapéu de coco introduz assim grandes mudanças nos hábitos sociais inerentes ao uso de chapéu, tornando-se num ícone da cultura urbana inglesa até à década de 60 do século XX, altura em que o seu uso começa a decair.
Actualmente, o chapéu de coco continua a ser usado nas terras altas da Bolívia e do Peru, nomeadamente, pelas mulheres locais que o vêem como um símbolo de fertilidade. De acordo com a posição nas suas cabeças, o chapéu de coco revela ainda o estado civil destas mulheres. Aqui é conhecido como o bombin.
Ilustres Cocos
Um fantástico e muito distinto chapéu de coco!
O chapéu de coco surgiu em Inglaterra no século XIX tendo sido desenhado pelos chapeleiros James e George Lock e produzido pelos fabricantes de chapéus Thomas e William Bowler, a pedido de um aristocrata inglês de nome Coke.
Coke pretendia um chapéu duro, que lhe protegesse a cabeça contra os ramos das árvores e outras possíveis agressões, enquanto patrulhava as suas terras a cavalo à procura de caçadores furtivos. Os irmãos Bowler produziram então um chapéu de copa redonda e bastante dura. Conta-se que para testar na qualidade e resistência do chapéu, Coke colocou-o no chão e tentou esmagá-lo. Satisfeito com o resultado, pagou 12 xelins pelo produto.
Por ter uma copa tão dura, o chapéu passou a ser conhecido com a alcunha de iron hat (chapéu de ferro), ainda que o nome oficial desse modelo fosse Coke, por alusão ao cliente que o encomendou.
O mesmo modelo passou mais tarde a ser designado, em Inglaterra, por Bowler hat, substituindo a anterior designação. Este nome poderá relacionar-se com dois factores, um é o apelido de quem o fabricou, o outro resulta do facto de bowl significar ‘tigela’, numa alusão clara ao seu formato.
Em França é conhecido por chapeau melon e na Alemanha por melone, palavras que significam ‘melão’ e que resulta da sua semelhança com o referido fruto.
Nos Estados Unidos acabou por ser designado como derby hat, por ser um tipo de chapéu usado na equitação.
Aliando a formalidade de uma cartola, usada pelo estrato social mais alto, à casualidade de um chapéu de feltro usado pela classe média baixa, o chapéu de coco introduz assim grandes mudanças nos hábitos sociais inerentes ao uso de chapéu, tornando-se num ícone da cultura urbana inglesa até à década de 60 do século XX, altura em que o seu uso começa a decair.
Actualmente, o chapéu de coco continua a ser usado nas terras altas da Bolívia e do Peru, nomeadamente, pelas mulheres locais que o vêem como um símbolo de fertilidade. De acordo com a posição nas suas cabeças, o chapéu de coco revela ainda o estado civil destas mulheres. Aqui é conhecido como o bombin.
Ilustres Cocos
Laurel & Hardy
Charlie Chaplin
Detective Hercule Poirot
Cornélio Fudge (Harry Potter)
Os personagens de “À espera de Godot” de Samuel Beckett
Enigma (Batman)
Detectives Dupont e Dupond (Aventuras de Tintin)
E na pintura
“L’ Homme au Chapeau Melon”, 1964, René Magritte
Charlie Chaplin
Detective Hercule Poirot
Cornélio Fudge (Harry Potter)
Os personagens de “À espera de Godot” de Samuel Beckett
Enigma (Batman)
Detectives Dupont e Dupond (Aventuras de Tintin)
E na pintura
“L’ Homme au Chapeau Melon”, 1964, René Magritte
Na música
Acker Bilk, clarinista
Grupo Madness
Rapper Nate Dogg
E claro… Liza Minnelli no filme “Cabaret”!
… lembra-se de mais alguém?
Então diga-nos!
... e aproveite o próximo fim-de-semana para ver a fantástica colecção de chapéus de coco do Museu da Chapelaria!
6 comentários:
Então? Esqueceram-se do famoso Mr. Steele, da antiga série "Os Vingadores" (se bem que na adaptação do filme também aparecerá com o coco)!
Velhos tempos...
Velhas memórias...
Muito bem lembrado Storm (se bem que penso que o personagem se chamava John Steed… certo?)
Pois sim, o famoso agente ao serviço de uma misteriosa divisão dos Serviços Secretos Britânicos conhecida apenas como "The Organisation" e mais tarde por "The Ministry."
De facto esta foi uma série televisiva de marcou muitas gerações! E marcou também seguramente a história do chapéu de coco, irrepreensivelmente usado por Patrick Macnee ao longo de toda a saga (e a propósito a roupa usada por ele foi desenhada por Pierre Cardin.)
O Chapéu de Coco?!
Até mesmo os grandes poetas falam dele...
Poema da flor proibida
Por detrás de cada flor
há um homem de chapéu de coco e sobrolho carregado.
Podia estar à frente ou estar ao lado,
mas não, está colocado
exactamente por detrás da flor.
Também não está escondido nem dissimulado,
está dignamente especado
por detrás da flor.
Abro as narinas para respirar
o perfume da flor,
não de repente
(é claro) mas devagar,
a pouco e pouco,
com os olhos postos no chapéu de coco.
Ele ama-me. Defende-me com os seus carinhos,
protege-me com o seu amor.
Ele sabe que a flor pode ter espinhos,
ou tem mesmo,
ou já teve,
ou pode vir a ter,
e fica triste se me vê sofrer.
Transmito um pensamento à flor
sem mover a cabeça e sem a olhar
De repente,
como um cão cínico arreganho o dente
e engulo-a sem mastigar.
António Gedeão
No cinema temos ainda, por exemplo, Alex de Large, personagem do filme Laranja Mecânica de Stanley Kubric interpretada por Malcolm McDowell
De entre as personagens ilustres que sempre usaram coco, convém não esquecer os detectives Dupont(d), das aventuras do Tintim-
É verdade!
O Dr. Watsontambém usava o célebre chapéu de coco.
Bem lembrado!
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